14.1.10


Em algum lugar deve haver numa co-existencia possível
um lugar circunscrito onde sensibilidade, inteligência, fama, Iago e Rosencrantz
se encontrem harmonicamente. Digo, um lugar onde o caráter provido de esperteza exista tal qual o tal príncipe prestes a montar a “Ratoeira”.
O humano de Shakespeare existe, mas pela metade. Cerceamos qualquer imersão na tragédia ou comicidade.
Sabiamente perguntamos:
- Quem vem, lá?
- É o fantasma de teu pai, meu bom Hamlet.
Nada mais que um fantasma. A figura disforme, quase inexata da justiça.

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