Desposaram o tempo
Desposaram o tempo
e dispuseram o amor
" Amor, assim ó, encontro em qualquer arremedo de esquina"
Entre uma tarde-feriado e outra se amaram
respiraram o último ar
um do outro
um no outro
Ele lia o que ela escrevia sempre acreditando que ela falava de outros
Ela procurava rastros
Viveram
Sem culpa
Sem tédio e
Sem roupa
Aguardaram o novo com a ansiedade que é particular dos jovens
Desposaram o tempo
E quando ele ali, todo brando e calmo não trouxe mais nada novo
Tentaram se reconhecer no amor que estava guardado
O Cheiro
O Humor
Quatro olhos verdes se fitando
Não se deve, nunca
se (in) dispor do amor.
© MAÍRA DVOREK
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